Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro, em 5 de março de 1887. Aprendeu as primeiras lições de música com seu pai, Raul Villa-Lobos, funcionário da Biblioteca Nacional. Ele lhe ensinara a tocar violoncelo usando improvisadamente uma viola, por ser muito pequeno para o instrumento. Sozinho, aprendeu violão na adolescência, em meio às rodas de choro cariocas, às quais prestou tributo em sua série de obras mais importantes: os Choros, escritos na década de 1920. Sua estréia pública como compositor ocorreu em 1915, no Rio de Janeiro, em uma série de concertos de sua obra. Começou a tornar-se conhecido, e também criticado pela imprensa. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, na qual, junto com tantos outros modernistas cuja intenção era inovar, foi vaiado.
Villa-Lobos, na história da música brasileira, é uma espécie de Bach, Beethoven e Stravinsky em um homem só. Não possui um estilo definido. Como Bach, que não foi o primeiro, mas foi o “pai da música”, Villa-Lobos também não foi o primeiro compositor brasileiro que colocou a cultura popular e o folclore na música de concerto, mas atingiu um nível de qualidade que o tornou o pai da música brasileira. Como Beethoven, praticou todas as formas clássicas e tornou-se um grande e venerável monumento musical, que ninguém ousa profanar. E, como Stravinsky, alinhou-se com as vanguardas de sua época e ousou, compondo músicas absolutamente modernas que fizeram a crítica conservadora chiar.
Villa-Lobos nos deixou mais de 1000 obras, ainda não completamente catalogadas. Compunha sem parar, aliás, não parava em nenhum aspecto, já que dava concertos, organizava instituições, planejava o ensino musical brasileiro, tudo ao mesmo tempo…
Villa-Lobos organizou o ensino musical de São Paulo por dois anos e, principalmente, promovendo o canto orfeônico (coral). Chegou a reger doze mil vozes em uma cerimônia na capital paulista. O êxito o levou a ser convidado pelo secretário de educação do Rio de Janeiro, para coordenar a criação da SEMA - Superintendência de Educação Musical e Artística, que seria responsável pela introdução do ensino musical e do canto coral nas escolas.
Villa-Lobos se incomodava muito com o título de compositor brasileiro. Ele sempre fazia questão de dizer que era compositor do mundo, afinal ninguém fala de outros compositores como Mozart, Bach, etc, dizendo que são de determinados países.
No final dos anos 50, Villa vivia entre o Rio de Janeiro e Paris. Em setembro de 1959, estava no Rio, quando seu câncer agravou-se. Após uma breve recuperação, no dia 17 de novembro de 1959 Heitor Villa-Lobos viria a falecer em seu apartamento, com 72 anos de idade.
Obras para Violão
» 12 Estudos
» 5 Prelúdios
» Suíte Popular Brasileira
» Choros no. 1
» Concerto para Violão e Orquestra
(fonte: Canto do Violonista )
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